Aula 11, CPC 28
Citação de marciabotteon em agosto 26, 2019, 1:05 amProfessor,
Queria entender melhor alguns itens do CPC 28.
- O que seria "venda no curso ordinário do negócio"? Qual o sentido de não ser considerado propriedade para investimento? Seria o prazo?
- Qual a diferença entre arrendamento financeiro e arredamento operacional?
- Por que terrenos mantidos para arrendamento financeiro não são considerados propriedade para investimento, mas propriedades alugadas a terceiros são?
"Exemplos de propriedades para investimento:
(a) terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios;
(b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como mantido para valorização do capital);
(c) edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
(d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
(e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização como Propriedade para Investimento.""Exemplos de itens que não são propriedades para investimento:
(a) propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques), como, por exemplo, propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;
(c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver Pronunciamento Técnico CPC 27), incluindo (entre outras coisas) propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso
subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados (paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação;
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro."obrigada!
Professor,
Queria entender melhor alguns itens do CPC 28.
- O que seria "venda no curso ordinário do negócio"? Qual o sentido de não ser considerado propriedade para investimento? Seria o prazo?
- Qual a diferença entre arrendamento financeiro e arredamento operacional?
- Por que terrenos mantidos para arrendamento financeiro não são considerados propriedade para investimento, mas propriedades alugadas a terceiros são?
"Exemplos de propriedades para investimento:
(a) terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios;
(b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como mantido para valorização do capital);
(c) edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
(d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais;
(e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização como Propriedade para Investimento."
"Exemplos de itens que não são propriedades para investimento:
(a) propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques), como, por exemplo, propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;
(c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver Pronunciamento Técnico CPC 27), incluindo (entre outras coisas) propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso
subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados (paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação;
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro."
obrigada!
Citação de Prof. Igor Cintra em agosto 27, 2019, 11:02 amMarcia, vamos às dúvidas:
- O que seria "venda no curso ordinário do negócio"? Qual o sentido de não ser considerado propriedade para investimento? Seria o prazo?
Por definição Propriedade para Investimento é a propriedade mantida para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.
Perceba, portanto, que um terreno de uma imobiliária não se enquadra na definição de Propriedade para Investimento, dado que sua atividade operacional é a venda deste tipo de item. Trata-se, portando, de um estoque (item cuja venda faz parte do curso ordinário do negócio).
- Qual a diferença entre arrendamento financeiro e arredamento operacional?
O Pronunciamento Técnico CPC 06 diz que:
Arrendamento financeiro é o arrendamento que transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Se assemelha, portanto, a um financiamento do item.
Arrendamento operacional é o arrendamento que não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Se assemelha, portanto, a um aluguel do item.
O fato de o arrendamento ser arrendamento financeiro ou arrendamento operacional depende da essência da transação, em vez da forma do contrato. A seguir, exemplos de situações que, individualmente ou em combinação, normalmente levariam o arredamento a ser classificado como arrendamento financeiro:
(a) o arrendamento transfere a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário ao final do prazo do arrendamento;
(b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo subjacente a preço que se espera que seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção se tornar exercível, para que seja razoavelmente certo, na data de celebração do arrendamento, que a opção será exercida;
(c) o prazo do arrendamento é equivalente à maior parte da vida econômica do ativo subjacente, mesmo se a propriedade não for transferida;
(d) na data da celebração do arrendamento, o valor presente dos recebimentos do arrendamento equivale substancialmente à totalidade do valor justo do ativo subjacente; e
(e) o ativo subjacente é de natureza tão especializada que somente o arrendatário pode usá-lo sem modificações importantes.
- Por que terrenos mantidos para arrendamento financeiro não são considerados propriedade para investimento, mas propriedades alugadas a terceiros são?
Não sei qual foi exatamente a lógica utilizada nesta definição. Talvez pelo arrendamento (na ótica do arrendador) ter relação com as atividades operacionais da entidade. De qualquer forma o item 9 do CPC 06 é literal ao mencionar que:
9. Seguem-se exemplos de itens que não são propriedades para investimento, estando, por isso, fora do alcance deste pronunciamento:
(a) propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda (ver CPC 16 – Estoques), como, por exemplo, propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;
(b) (eliminada);
(c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver CPC 27 e CPC 06), incluindo (entre outras coisas) propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados (paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação;
(d) (eliminada);
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.
Abraço
Igor Cintra
Marcia, vamos às dúvidas:
- O que seria "venda no curso ordinário do negócio"? Qual o sentido de não ser considerado propriedade para investimento? Seria o prazo?
Por definição Propriedade para Investimento é a propriedade mantida para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.
Perceba, portanto, que um terreno de uma imobiliária não se enquadra na definição de Propriedade para Investimento, dado que sua atividade operacional é a venda deste tipo de item. Trata-se, portando, de um estoque (item cuja venda faz parte do curso ordinário do negócio).
- Qual a diferença entre arrendamento financeiro e arredamento operacional?
O Pronunciamento Técnico CPC 06 diz que:
Arrendamento financeiro é o arrendamento que transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Se assemelha, portanto, a um financiamento do item.
Arrendamento operacional é o arrendamento que não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Se assemelha, portanto, a um aluguel do item.
O fato de o arrendamento ser arrendamento financeiro ou arrendamento operacional depende da essência da transação, em vez da forma do contrato. A seguir, exemplos de situações que, individualmente ou em combinação, normalmente levariam o arredamento a ser classificado como arrendamento financeiro:
(a) o arrendamento transfere a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário ao final do prazo do arrendamento;
(b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo subjacente a preço que se espera que seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção se tornar exercível, para que seja razoavelmente certo, na data de celebração do arrendamento, que a opção será exercida;
(c) o prazo do arrendamento é equivalente à maior parte da vida econômica do ativo subjacente, mesmo se a propriedade não for transferida;
(d) na data da celebração do arrendamento, o valor presente dos recebimentos do arrendamento equivale substancialmente à totalidade do valor justo do ativo subjacente; e
(e) o ativo subjacente é de natureza tão especializada que somente o arrendatário pode usá-lo sem modificações importantes.
- Por que terrenos mantidos para arrendamento financeiro não são considerados propriedade para investimento, mas propriedades alugadas a terceiros são?
Não sei qual foi exatamente a lógica utilizada nesta definição. Talvez pelo arrendamento (na ótica do arrendador) ter relação com as atividades operacionais da entidade. De qualquer forma o item 9 do CPC 06 é literal ao mencionar que:
9. Seguem-se exemplos de itens que não são propriedades para investimento, estando, por isso, fora do alcance deste pronunciamento:
(a) propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda (ver CPC 16 – Estoques), como, por exemplo, propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;
(b) (eliminada);
(c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver CPC 27 e CPC 06), incluindo (entre outras coisas) propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para desenvolvimento futuro e uso subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados (paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo proprietário no aguardo de alienação;
(d) (eliminada);
(e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.
Abraço
Igor Cintra