Questão FCC sobre DFC (EPCLD)
Citação de Kaidi em outubro 14, 2019, 9:22 amProfessor essa questão é bem atípica da FCC cobrando EPCLD na DFC e queria aproveitar para esclarecer uma dúvidas:
(link da questão: https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/256489 )1º) Eu acertei essa questão realizando o seguinte procedimento:
I) Não ajustei essa conta na DRE apenas no BP; II) Por ela ser uma conta retificadora do ativo ajustei ela no BP como se fosse uma conta do Passivo, ou seja, como diminuiu eu retirei se tivesse aumentado teria adicionado no fluxo das atividades operacionais. Esse meu raciocínio foi correto?
2º) No caso em questão eu entendi que a EPCLD afetou a DFC pelo seguinte motivo: Essa conta só vai afetar a DFC quando efetivamente eu "levar o calote" porque nesse caso eu realmente desfalco meu caixa para compensar essa perda real. Caso contrário é um tipo de movimentação que não afeta o caixa efetivamente (na sua constituição e reversão), assim como no caso da depreciação. Essa lógica está correta? Qual seria o motivo de precisar adicionar quando há um aumento no BP dessa conta?
3º) (e finalizando a dúvida). Caso meu entendimento anterior esteja correto eu fiquei na dúvida nessa questão específica o motivo de surgir na DRE essa constituição de 3.000 de EPCLD.
Porque eu olhando a questão como um todo entendi o seguinte: Ele tinha um saldo de 5.000, levou efetivamente um calote de 2.000 (tanto que influenciou na DFC). Como ele fez uma nova constituição de 3.000 não deveria existir uma receita de reversão de EPCLD dos 3.000 que ele já tinha sobrado no exercício anterior?
Professor essa questão é bem atípica da FCC cobrando EPCLD na DFC e queria aproveitar para esclarecer uma dúvidas:
(link da questão: https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/256489 )
1º) Eu acertei essa questão realizando o seguinte procedimento:
I) Não ajustei essa conta na DRE apenas no BP; II) Por ela ser uma conta retificadora do ativo ajustei ela no BP como se fosse uma conta do Passivo, ou seja, como diminuiu eu retirei se tivesse aumentado teria adicionado no fluxo das atividades operacionais. Esse meu raciocínio foi correto?
2º) No caso em questão eu entendi que a EPCLD afetou a DFC pelo seguinte motivo: Essa conta só vai afetar a DFC quando efetivamente eu "levar o calote" porque nesse caso eu realmente desfalco meu caixa para compensar essa perda real. Caso contrário é um tipo de movimentação que não afeta o caixa efetivamente (na sua constituição e reversão), assim como no caso da depreciação. Essa lógica está correta? Qual seria o motivo de precisar adicionar quando há um aumento no BP dessa conta?
3º) (e finalizando a dúvida). Caso meu entendimento anterior esteja correto eu fiquei na dúvida nessa questão específica o motivo de surgir na DRE essa constituição de 3.000 de EPCLD.
Porque eu olhando a questão como um todo entendi o seguinte: Ele tinha um saldo de 5.000, levou efetivamente um calote de 2.000 (tanto que influenciou na DFC). Como ele fez uma nova constituição de 3.000 não deveria existir uma receita de reversão de EPCLD dos 3.000 que ele já tinha sobrado no exercício anterior?
Citação de Prof. Igor Cintra em outubro 15, 2019, 3:46 pmKaidi, você fez o procedimento correto. Muito embora a Despesa com EPCLD, que está na DRE, não tenha relação com o caixa é melhor deixar para ajustar mediante análise dos saldos apresentados no Balanço Patrimonial, dado que sua contrapartida é uma conta operacional (PECLD).
Em relação à lógica, a PECLD não tem impacto no caixa, nem na sua constituição nem quando ocorre a efetiva perda. O que ocorre é que se há perda há a baixa do título pode e, consequentemente, não há recebimento (não impactando o caixa).
Lembre-se que a constituição de uma PECLD é realizada de acordo com o seguinte lançamento:
D - Despesa com PECLD (Resultado)
C - PECLD (Ativo)Perceba, portanto, que não há impacto no caixa.
A baixa de um título considerado incobrável, por sua vez, é realizada segundo o lançamento abaixo:
D - PECLD (Ativo)
C - Duplicatas a Receber (Ativo)Veja que mais uma vez não há impacto algum no resultado.
Tenho a certeza que neste momento deu um nó na sua cabeça, afinal: "pq então devo ajustar essa bagaça?"
Exatamente pela diminuição de Duplicatas a Receber. Se você analisar esta conta consegue saber exatamente qual foi o valor das vendas realizadas no período que afetaram o caixa. Inicialmente, pela análise da conta PECLD vai concluir que houve um baixa com títulos incobráveis de R$ 5.000. Sendo assim, a conta Clientes (ou Duplicatas a Receber) foi creditada neste valor. Com o saldo inicial desta conta (R$ 150.000), com as vendas (R$ 400.000) , com seu saldo final (R$ 100.000) e com o crédito realizado pelo calote (R$ 5.000) você conclui-se que a entidade recebeu R$ 445.000 no período. Este é o ta método direto!
Infelizmente não consegui inserir aqui um razonete, mas seria mais fácil visualizar esta análise.
Mas basicamente vamos pensar que todas as vendas do período foram à vista, ok? Ou seja, todo o valor de R$ 400 mil foi recebido à vista e, consequentemente, impactou o caixa. Além disso houve o impacto de R$ 50.000 de recebimentos de vendas a prazo que eu havia realizado no passado, correto? Errado! Não recebi R$ 50 mas R$ 45 mil (pois houve um calote de R$ 5 mil).
Enfim, é complicado colocar esta análise no papel, ainda mais sem razonete. Numa aula presencial eu conseguiria te convencer mais rápido!
Abraço
Kaidi, você fez o procedimento correto. Muito embora a Despesa com EPCLD, que está na DRE, não tenha relação com o caixa é melhor deixar para ajustar mediante análise dos saldos apresentados no Balanço Patrimonial, dado que sua contrapartida é uma conta operacional (PECLD).
Em relação à lógica, a PECLD não tem impacto no caixa, nem na sua constituição nem quando ocorre a efetiva perda. O que ocorre é que se há perda há a baixa do título pode e, consequentemente, não há recebimento (não impactando o caixa).
Lembre-se que a constituição de uma PECLD é realizada de acordo com o seguinte lançamento:
D - Despesa com PECLD (Resultado)
C - PECLD (Ativo)
Perceba, portanto, que não há impacto no caixa.
A baixa de um título considerado incobrável, por sua vez, é realizada segundo o lançamento abaixo:
D - PECLD (Ativo)
C - Duplicatas a Receber (Ativo)
Veja que mais uma vez não há impacto algum no resultado.
Tenho a certeza que neste momento deu um nó na sua cabeça, afinal: "pq então devo ajustar essa bagaça?"
Exatamente pela diminuição de Duplicatas a Receber. Se você analisar esta conta consegue saber exatamente qual foi o valor das vendas realizadas no período que afetaram o caixa. Inicialmente, pela análise da conta PECLD vai concluir que houve um baixa com títulos incobráveis de R$ 5.000. Sendo assim, a conta Clientes (ou Duplicatas a Receber) foi creditada neste valor. Com o saldo inicial desta conta (R$ 150.000), com as vendas (R$ 400.000) , com seu saldo final (R$ 100.000) e com o crédito realizado pelo calote (R$ 5.000) você conclui-se que a entidade recebeu R$ 445.000 no período. Este é o ta método direto!
Infelizmente não consegui inserir aqui um razonete, mas seria mais fácil visualizar esta análise.
Mas basicamente vamos pensar que todas as vendas do período foram à vista, ok? Ou seja, todo o valor de R$ 400 mil foi recebido à vista e, consequentemente, impactou o caixa. Além disso houve o impacto de R$ 50.000 de recebimentos de vendas a prazo que eu havia realizado no passado, correto? Errado! Não recebi R$ 50 mas R$ 45 mil (pois houve um calote de R$ 5 mil).
Enfim, é complicado colocar esta análise no papel, ainda mais sem razonete. Numa aula presencial eu conseguiria te convencer mais rápido!
Abraço
Citação de Kaidi em outubro 15, 2019, 3:59 pmNão professor, eu acho que você me convenceu sim mesmo sem razonetes rsrsrs
Mas só compreendendo melhor um outro tópico.
Quando a Depreciação acumulada é colocada no BP de forma individualizada (não embutida no valor do imobilizado) eu posso simplesmente "ignora-la" (na resolução das questões) porque sua movimentação não vai impactar o caixa. Porém, só consigo fazer isso porque não é um valor tão "incerto" quanto o PECLD.
Porém, o que entendi (até pelo caso do PECLD) que o mais correto seria eu abater ela do valor do imobilizado porque eu nunca teria a certeza que dentro dessa depreciação acumulada haveria uma perda por teste de recuperabilidade (por exemplo).
Da mesma forma (mesmo que nas questões eu possa fazer dos 2 jeitos) o mais correto seria eu unir esse valor do PECLD com o valor das Duplicatas a receber e tratá-los como um só? (ou já estou misturando dois conceitos diferentes aqui...)
Não professor, eu acho que você me convenceu sim mesmo sem razonetes rsrsrs
Mas só compreendendo melhor um outro tópico.
Quando a Depreciação acumulada é colocada no BP de forma individualizada (não embutida no valor do imobilizado) eu posso simplesmente "ignora-la" (na resolução das questões) porque sua movimentação não vai impactar o caixa. Porém, só consigo fazer isso porque não é um valor tão "incerto" quanto o PECLD.
Porém, o que entendi (até pelo caso do PECLD) que o mais correto seria eu abater ela do valor do imobilizado porque eu nunca teria a certeza que dentro dessa depreciação acumulada haveria uma perda por teste de recuperabilidade (por exemplo).
Da mesma forma (mesmo que nas questões eu possa fazer dos 2 jeitos) o mais correto seria eu unir esse valor do PECLD com o valor das Duplicatas a receber e tratá-los como um só? (ou já estou misturando dois conceitos diferentes aqui...)
Citação de Prof. Igor Cintra em outubro 21, 2019, 3:38 pmKaidi, não sei se consegui captar sua dúvida.
A evidenciação, ou não, da depreciação acumulada no Balanço Patrimonial é fundamental para que você analise o fluxo de caixa das atividades de investimento, pois neste cálculo você certamente terá que avaliar a conta Imobilizado.
Abraço
Igor Cintra
Kaidi, não sei se consegui captar sua dúvida.
A evidenciação, ou não, da depreciação acumulada no Balanço Patrimonial é fundamental para que você analise o fluxo de caixa das atividades de investimento, pois neste cálculo você certamente terá que avaliar a conta Imobilizado.
Abraço
Igor Cintra